LESÕES INCISIONAIS TRATADAS COM HYPERICUM PERFORATUM L. E ELETROESTIMULAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.24933/rep.v3i1.191Resumen
O presente trabalho estudou efeitos de Hypericum perforatum associado ou não à eletroestimulação na cicatrização da pele de ratos. Trinta e seis animais foram divididos em (n=9): (C) sem tratamento; (MC) tratado com eletroestimulação; (HYP) tratado com H. perforatum; (HYP+MC) tratado com H. perforatum+eletroestimulação. Amostras foram coletadas dos animais eutanasiados no 2º, 6º e 10º dia após a lesão cirúrgica para análise histomorfométrica: quantificação de infiltrado inflamatório, vasos sanguíneos, fibroblastos e porcentagem da área de colágeno. Para análise estatística foi utilizado ANOVA Two-way e pós-teste de Tukey (média±erro padrão). Os resultados mostraram que o infiltrado inflamatório foi menor em HYP e MC+HYP em relação a C e MC no 2º e 6º período experimental; no dia 10 a eletroestimulação promoveu aumento do número dessas células. Em relação aos vasos sanguíneos observou-se que MC apresentou maiores valores no 10º período experimental em relação aos demais grupos. No 2º e 6º dia após a lesão, MC+HYP mostrou maior número de fibroblastos em relação aos demais grupos experimentais, o mesmo ocorrendo no 6º dia em MC e HYP em relação a C. Quanto à porcentagem de área de colágeno observou-se aumento em HYP e MC+HYP no 2º dia em relação a C e MC. Diante disso, pode-se concluir que H. perforatum em formulação homeopática neste modelo experimental diminuiu inflamação, promoveu fibroplasia e colagênese. A eletroestimulação diminuiu inflamação e estimulou angiogênese; em associação ou não ao H. perforatum promoveu fibroplasia. Portanto, essas terapias podem ser indicadas como alternativas no reparo de lesões incisionais.Descargas
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